Hermeto Pascoal, um dos maiores nomes da música brasileira, morre aos 89 anos no Rio

Hermeto Pascoal, um dos maiores nomes da música brasileira, morre aos 89 anos no Rio

O músico estava internado desde 30 de agosto no Hospital Samaritano, na Barra, tratando de complicações respiratórias causadas por um quadro de fibrose pulmonar

O músico, compositor e multi-instrumentista Hermeto Pascoal morreu neste sábado (13), aos 89 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde 30 de agosto no Hospital Samaritano, na Barra, onde tratava complicações respiratórias causadas por um quadro de fibrose pulmonar. Nas últimas horas, seu estado se agravou, resultando em falência múltipla dos órgãos.

Considerado um dos maiores nomes da música brasileira, e conhecido como “o bruxo”, o artista era famoso por sua capacidade de transformar qualquer som em melodia. A Reuters destacou que sua abordagem experimental incorporava desde instrumentos convencionais até barulhos do cotidiano, como o canto dos pássaros, brinquedos infantis ou até mesmo utensílios domésticos, tudo parte do que ele chamava de “música universal”.

Nascido em 22 de junho de 1936, em Lagoa da Canoa, Alagoas, Hermeto construiu uma carreira marcada pela inovação, transitando entre o jazz, a MPB e a música erudita, sempre guiado pela improvisação e pela liberdade criativa. Segundo a revista Exame, no momento de sua morte ele estava cercado pela família e por companheiros de música, o que foi descrito em comunicado oficial como sua “passagem” ao lado daqueles que amava.

A notícia foi confirmada nas redes sociais pela família do artista, e repercutiu amplamente em veículos como a CNN Brasil, que ressaltou a comoção de colegas e fãs diante da perda. Nas redes sociais, músicos e admiradores lembraram não apenas o gênio criativo, mas também a generosidade e a simplicidade que marcaram sua trajetória.

Hermeto Pascoal deixa um legado inestimável para a música mundial, tendo influenciado gerações de artistas e expandido as fronteiras da criação sonora. Sua morte encerra um capítulo fundamental da cultura brasileira, mas sua obra continua viva como símbolo de inovação, liberdade e imaginação sem limites.