Faraó do Bitcoin volta para o Rio após decisão da Justiça

Glaidson Acácio ficará na capital fluminense para audiências presenciais em outubro; retorno a Catanduvas não está confirmado
O especulador Glaidson Acácio dos Santos, chamado de “o Faraó do Bitcoin” e líder da pirâmide de criptomoedas GAS Consultoria, volta para a prisão no Rio de Janeiro nos próximos dias, após decisão da Justiça Federal. Desde 2023 ele está no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, mas retornará ao seu estado para audiências presenciais marcadas para o início do próximo mês, nos dias 7, 8 e 9 de outubro, na 3ª Vara Federal Criminal, na capital fluminense.
Segundo o site G1, a decisão foi tomada após pedido da Justiça do RJ, que manteve o formato presencial das oitivas, apesar de manifestação da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que sugeriu o uso de videoconferência para reduzir riscos à segurança pública.
Apesar disso, ainda não está claro se Glaidson irá retornar para o presídio de Catanduvas após as audiências. Em julho, a defesa do “Faraó” pediu para que ele fosse enviado ao RJ, mas o juiz negou citando que eles estariam tentando atrapalhar o andamento do processo.
No despacho para o retorno ao RJ, o juiz reforçou algo que já tinha sido apontado anteriormente, de que Glaidson teria continuado sua atuação criminosa mesmo após ser preso em 2021 durante a Operação Kryptos, da Polícia Federal.
Segundo o Ministério Público, dentro da prisão no Rio ele teria mantido liderança de uma organização criminosa voltada a fraudes financeiras, corrupção de agentes públicos e até homicídios de concorrentes. O MP lembra que Glaidson foi denunciado por homicídio em São Pedro da Aldeia, em 2022, e responde ainda por duas tentativas de assassinato em Cabo Frio.
Ainda segundo o G1, Glaidson acumula 25 anotações criminais por crimes como organização criminosa, estelionato, denunciação caluniosa e homicídio, além de 73 registros de ocorrências policiais, sendo 69 como autor ou envolvido. Ao citar a continuidade dos crimes após a prisão, o juiz disse que “as audiências poderiam ter sido designadas de forma virtual”, mas que não cabia a ele decidir sobre o formato.