Aberta oficialmente em Campos a safra 2025 da cana-de-açúcar

Aberta oficialmente em Campos a safra 2025 da cana-de-açúcar

Coagro espera gerar 3 mil empregos diretos e processar 900 mil toneladas até outubro

Está oficialmente aberta em Campos, a safra 2025 da cana-de-açúcar da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), atualmente a única indústria de produção de açúcar e álcool do município. Movimentando trabalhadores e máquinas pelos próximos cinco ou seis meses nas lavouras e na antiga Usina Sapucaia, arrendada pela Coagro, o setor deverá gerar empregos e divisas no Norte Fluminense até final de outubro ou início de novembro.

“Concentramos a venda da nossa produção de açúcar e álcool mais no estado do Rio de Janeiro, mas também no norte do Espírito Santo, sul do Espírito Santo e na zona da Mata Mineira. Hoje já conseguimos colocar o nosso açúcar na região do Grande Rio, coisa que antes não era possível, devido à concorrência de São Paulo”, explica o presidente da Coagro, Frederico Paes.

A safra 2025 deve processar este ano 900 mil toneladas de cana, gerando cerca de 3 mil empregos diretos. O clima é fator importante e a falta de chuva em janeiro e fevereiro foi uma preocupação. A Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan) acredita que a safra este ano deverá ser parecida com a de 2024.

“Graças a Deus tivemos chuva, que não é normal, de março para cá. Esperamos uma safra parecida com a do ano passado, em torno de 900 mil toneladas. O setor ainda é o que mais emprega no agronegócio da região. Temos 6 mil pequenos fornecedores; 80% têm menos de 15 hectares. É uma renda que fica na região, no nosso comércio, no imposto. É muito importante para nossa região”, destacou o presidente da Asflucan, Evaldo Inojosa.

Os produtores de cana da região aguardam a consolidação do Projeto de Lei (PL) 440, de 2019, que tramita em Brasília. Após passar pela Câmara dos Deputados, ele chegou ao Senado em 2023. Aprovado na Comissão de Agricultura da Câmara, reconhece o clima do Norte e Noroeste como semiárido, o que deverá ser revertido em benefícios financeiros compensatórios para a região, em caso de aprovação final e sanção presidencial.