Apreendidas mais de 90 kg de carnes impróprias para consumo em Maricá

Fiscalização ocorrida após denúncias anônimas resultou na autuação de comerciantes e outros tipos de alimentos vencidos
Donos de dois supermercados e de açougues no bairro São José de Imbassaí e no Centro de Maricá, na Região da Costa do Sol fluminense, foram autuados após denúncia anônima de estarem vendendo carne estragada. A fiscalização da Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor (SEDCON) e do Procon do município encontrou e recolheu, ao final da tarde e noite desta quinta-feira, 23, mais de 90 quilos de carnes bovinas, suínas e de frango, além de outros alimentos também impróprios para consumo.
A operação identificou diversas irregularidades nos estabelecimentos, como o descumprimento de prazos de validade, armazenamento inadequado e falta de informações essenciais sobre os produtos. “Desencadeamos a operação num momento em que a população está inquieta. Após as denúncias, organizamos a ação conjunta em defesa do consumidor”, afirmou o secretário Estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca.
No primeiro supermercado, foram encontradas foram encontrados restos de carne espalhados pelo chão e acúmulo de água e. A câmara frigorífica estava avariada e sem condições ideais para conservação dos alimentos. No segundo supermercado, irregularidades ainda mais graves: o piso da câmara frigorífica parcialmente destruído e refrigerador sem portas, comprometendo a refrigeração dos produtos.
Em meio aos itens recolhidos, 20 quilos de salsichas sem especificação de data de acondicionamento; 7,6 quilos de paletas suínas vencidas desde 18 de janeiro, 28 quilos de frango temperado com vencimento em 22 de janeiro, 20 quilos de chuletas bovinas e 17 quilos de pés de galinha sem qualquer identificação de validade. Foram encontrados ainda mais 101 quilos de alimentos impróprios para consumo, incluindo queijo, doces, azeitonas e frios em geral, todos recolhidos para incineração.
Ainda na área da padaria do segundo supermercado os fiscais constataram a falta de isolamento adequado para o estoque de alimentos contra insetos e poeira. Foi identificada ainda a utilização de botijões de gás sem autorização do Corpo de Bombeiros, o que levou à interdição da produção de pães e derivados, além da suspensão do uso de gás até haja a regularização.
Os proprietários dos dois supermercados e demais estabelecimentos foram autuados por falhas no armazenamento, instalações inadequadas e o acondicionamento impróprio de alimentos, podendo responder na Justiça pelas irregularidades.