Campos e Macaé lideram casos de furto de energia no Norte Fluminense

Campos e Macaé lideram casos de furto de energia no Norte Fluminense

Na lista estadual com os “dez mais”, os dois municípios aparecem respectivamente na sétima e oitava colocações

Campos dos Goytacazes e Macaé são os dois municípios do Norte Fluminense que mais registraram casos de fraudes e furtos de energia elétrica na região desde o início do ano. Primeiro e segundo colocados na lista regional, aparecem mal também na Lista Estadual dos dez municípios que mais cometeram os dois crimes, ocupando, respectivamente, a sétima e a oitava colocação. O ranking é da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).

Campos também é líder de furto de cabos de energia na área que é abastecida pela Concessionária Enel no estado. De acordo com a empresa, o volume de energia furtado somente nos municípios que aparecem no ranking, no primeiro semestre de 2025, seria suficiente para abastecer Campos, Macaé, Niterói e São Gonçalo durante um ano.

A concessionária informou que a preocupação com o furto de energia elétrica vai além das distribuidoras, porque afeta todos os setores da sociedade. A empresa afirma que esse tipo de crime impacta diretamente o serviço prestado, porque provoca sobrecarga no sistema e inúmeros casos de curto-circuito, gerando, até mesmo, riscos de morte.

O gerente do Centro de Operação do Sistema da Enel Rio, Fábio Damasceno, destacou que “o crime de furto, mais conhecido como ‘Gato’, impacta diretamente a qualidade do serviço, prejudicando todos os consumidores, provocando sobrecarga e curtos que levam a um maior número de interrupções. Sem falar nas ocorrências que demandam mais tempo para normalização do serviço e até a ocorrência de acidentes graves.”

Já o diretor de regulação da ABRADEE, Ricardo Brandão, ressalta os impactos negativos gerados na economia. “Do ponto de vista econômico, a perda chega à casa dos R$ 10 bilhões por ano. Parcela disso é prejuízo da bancado pela distribuidora, mas uma parte vai para a tarifa do consumidor, pesando cerca de 2,6% na conta de luz”, explica.

Brandão conclui explicando que “a pena para as fraudes como ‘gatos’ e o furto de energia elétrica pode variar de um a quatro anos de prisão, além de multa. Essa pena pode ser aumentada para até 8 anos, em alguns casos”, esclarece o diretor da ABRADEE.