Campos registra segunda morte por chikungunya
Boletim Epidemiológico foi atualizados nesta segunda-feira e também contabilizam 18.602 notificações para dengue e 1.196 para chikungunya
O Boletim Semanal da Dengue e outras Arboviroses foi atualizado nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Saúde de Campos. Também foi atualizado o número de óbitos, que, agora, soma duas mortes por chikungunya, sendo a mais recente a de um paciente de 68 anos, morador do Jóquei Clube.
O óbito ocorreu no dia 20 de junho e a investigação foi encerrada na última semana pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS). O paciente do sexo masculino tinha comorbidades e chegou a ser internado no Hospital Ferreira Machado (HFM).
“Trata-se de um paciente idoso, então, a gente lembra que os extremos de idade, principalmente pacientes idosos, têm um fator de risco para o desenvolvimento de uma doença mais grave causada, não só pelo vírus da chikungunya, mas também o da dengue. Então, fica o alerta para a população, sobre continuar as medidas de segurança contra a proliferação dos vetores, principalmente para aqueles que tenham idosos e crianças pequenas em casa, assim como pacientes com comorbidades”, recomendou o diretor de Vigilância em Saúde, o infectologista Rodrigo Carneiro.
A primeira morte por chikungunya no município foi de um idoso de 72 anos, morador de Tocos, na Baixada Campista. O número de óbitos por dengue confirmados permanece em quatro, sendo os pacientes de 77, 64, 62 e 25 anos, dos bairros Centro, Travessão, Donana e Parque Guarus.
Da 1ª a 32ª Semana Epidemiológica (SE), período compreendido entre 1º de janeiro de 2024 e 10 de agosto de 2024, foram contabilizadas 18.602 notificações para dengue e 1.196 para chikungunya. O município segue sem notificação para zika vírus.
Estratificação mensal
Pela estratificação mensal, em agosto, foram 6 notificações para chikungunya; em julho, foram 51 notificações; em junho, 187; em maio, foram 355; abril, 319; março, 162; fevereiro, 68; e janeiro, 48. Para dengue, em agosto, foram 8 notificações; em julho, 623; junho, 1.796; maio, 2.646; abril, 3.692; março, 5.224; fevereiro, 3.738; e janeiro, 875.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, relembra que a prevenção às arboviroses é um ato individual de cada cidadão, pois 80% dos focos do mosquito transmissor dessas doenças estão dentro das residências.
“Devemos cuidar da nossa casa, dos focos de água, até mesmo a aguinha que a gente dá para o nosso cachorrinho tem que ser trocada diariamente, e não acumularmos água no nosso quintal. Além disso abrirmos a nossa casa para o agente de endemias, isso é muito importante para que ele possa fazer o trabalho de colocação de venenos contra a proliferação de larvas e também que os ovos eclodam e tenham facilidade para virar um mosquito adulto”, orientou Charbell.
Ainda de acordo com o especialista, novembro será um mês de muita preocupação por conta da dengue. “Estamos em uma trégua, pouquíssimos casos. Em agosto, com oito casos confirmados. Julho foi um mês atípico, com quase 700 casos, mas sabemos que essa é uma trégua momentânea, daqui a três meses tudo voltará de novo. Portanto, fiquem atentos e preparados, pois podemos ter uma nova onda de dengue no final do ano”, salientou.
Segundo Charbell, o Ministério da Saúde deve sinalizar em breve quais serão os municípios polo a receberem a vacina contra a dengue e a expectativa é de que Campos seja contemplado e possa iniciar a imunização de adolescentes antes de novembro.