Coagro e Zeg Biogás firmam parceria para primeira planta de biometano no NF
Previsão de operação é a partir de 2026, e uma capacidade inicial de produção de 3,7 milhões de m³ de biometano por ano
A Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (COAGRO) e a ZEG Biogás anunciaram uma parceria inovadora para a construção da primeira biorrefinaria de biometano na região Norte do Rio de Janeiro. Com previsão de operação a partir de 2026, a nova usina terá uma capacidade inicial de produção de 3,7 milhões de m³ de biometano por ano, destacando-se pelo uso de resíduos agroindustriais, particularmente a vinhaça, um subproduto do processo de produção de etanol.
Frederico Paes, presidente da COAGRO, destacou a importância do projeto. “Estamos agregando valor à nossa produção em benefício dos nossos cooperados. É um marco na história, a primeira usina de biometano no estado do Rio de Janeiro, a partir da vinhaça. Este é um projeto inovador com alta tecnologia que em breve estará produzindo para todo o Brasil. É a COAGRO à frente de seu tempo”, afirmou o presidente.
O projeto, com investimento superior a R$ 60 milhões, marca um avanço significativo na transição energética da região e no desenvolvimento sustentável. A nova planta não só fornecerá um combustível limpo e eficiente, mas também impulsionará a economia regional e criará novas oportunidades de emprego. A construção da biorrefinaria está programada para começar em outubro de 2024.
O projeto contempla a possibilidade de ampliação na geração de biogás, caso haja uma maior disponibilidade de biomassa. Com um aumento na biomassa, é possível impulsionar a produção agroindustrial local ou até mesmo incentivar a plantação de novas culturas que ainda não foram amplamente exploradas na região. “Essa parceria resulta da cooperação mútua entre empresas que entendem a urgência da transição energética para uma economia de baixo carbono”, afirma Eduardo Acquaviva, CEO da ZEG Biogás. O biometano, por ser um combustível limpo e socialmente responsável, desempenhará um papel crucial em posicionar o Brasil como uma potência energética renovável em um futuro próximo.
Eduardo Acquaviva também destaca que os Mecanismos de Ajustes de Carbono na Fronteira (CBAM) serão aplicados aos produtos destinados à exportação para a União Europeia a partir de janeiro de 2026. A necessidade de um combustível limpo que possa ser produzido economicamente para substituir os combustíveis fósseis na região portuária se torna essencial, dadas essas condições. “Isso poderá gerar um diferencial significativo na criação de corredores sustentáveis em nossa economia”, conclui o executivo.
A construção posiciona a COAGRO como pioneira no setor e reafirma seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, contribuindo significativamente para a transição energética na região e no Brasil.
Fonte: Ascom