Dívida superior a R$ 1,8 milhão leva livraria mais antiga do Brasil a fechar as portas em Campos

Dívida superior a R$ 1,8 milhão leva livraria mais antiga do Brasil a fechar as portas em Campos

A Ao Livro Verde já havia dado entrado em um pedido de autofalência

Uma dívida calculada em R$ 1.886.264,91 contra um ativo de total R$ 735.808,55 incluindo estoque de mercadorias, saldo de caixa, saldo em conta bancária e recebíveis de cartão de crédito, levou
a livraria mais antiga do Brasil, a Ao Livro Verde a falência. Nesta segunda-feira (13) a loja não mais abriu suas portas.

Em atividade há 179 anos, a empresa enfrentava graves problemas financeiros, tanto que em junho deste ano a direção deu entrada num pedido de autofalência por conta da dívida. O pedido de autofalência acabou sendo aceito pela 5ª Vara Cível da Comarca de Campos.

Para tentar salvar a empresa, um grupo de intelectuais da cidade formado por historiadores, jornalistas, empresários, escritores e políticos criaram a campanha
SOS Ao Livro Verde. A Câmara dos Vereadores chegou a propor uma desapropriação do imóvel e a criação da Casa de Cultura Ao Livro Verde. Mas nenhuma das iniciativas deu certo.

Tudo começou em 13 de junho de 1844, uma quinta-feira, dia em que a Ao Livro Verde abriu suas portas, na Rua da Quitanda, 22, inaugurada pelo português José Vaz Correia Coimbra. Passados 170 anos, a livraria mais antiga do país segue no mesmo ponto, mas a rua mudou de nome, agora é a Governador Theotônio Ferreira de Araújo, 66.

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