Estado alerta sobre vacinação de gestantes contra coqueluche após três mortes de bebês

Estado alerta sobre vacinação de gestantes contra coqueluche após três mortes de bebês

Saúde diz que neste ano há 216 registros da doença

Diante do aumento no número de casos confirmados e de óbitos por coqueluche no estado do Rio de Janeiro, três bebês menores de seis meses, a Secretaria de Estado de Saúde emitiu um alerta sobre a necessidade da vacinação contra a doença para gestantes e puérperas. O comunicado é direcionado aos profissionais de saúde das redes pública e privada e, especialmente, às equipes de vigilância epidemiológica e atenção primária à saúde das Secretarias Municipais de Saúde.

Em 2024, até o último dia 15, há 216 casos confirmados de coqueluche, além das três mortes em menores de seis meses de idade no estado. O número preocupa, já que em todo o ano passado foram oito registros de casos e nenhum óbito. O alerta pode ser acessado em: https://drive.google.com/file/d/1S8TBjmf0hUtvt6sOp6UVI53M-ngqs0us/view

A proteção contra a doença é garantida por meio das vacinas Pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b), DTP (difteria, tétano e coqueluche) e dTpa (difteria, tétano e coqueluche). No entanto, o alerta é relativo à falta de vacinação da dTpa em gestantes e puérperas, principalmente. Segundo o documento, o primeiro óbito por coqueluche no estado, de um bebê de dois meses, ocorreu em julho, na Região Metropolitana II. Já o segundo e o terceiro óbitos foram notificados em outubro, ambos na Região Metropolitana I, de crianças de um mês e quatro meses. Todos os casos eram do sexo feminino, e as mães não haviam recebido a vacina contra coqueluche (dTpa) durante a gestação, conforme recomendado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).

“Estamos reforçando a necessidade da vacinação, principalmente, porque para os bebês menores de 6 meses, faixa etária que ocorreram os óbitos, a vacinação das gestantes com a dTpa é o melhor método de prevenção. Já que o esquema básico de vacinação com o componente contra coqueluche só é completado após os 6 meses de vida. Portanto, ressaltamos que as mães procurem uma unidade de saúde mais próxima para evitar que tenhamos mais vítimas da doença”, destacou a secretária de estado de Saúde, Claudia Mello.

A dTpa é recomendada a gestantes e puérperas (a partir da 20ª semana de gestação até 45 dias após o parto), profissionais de saúde, parteiras tradicionais e estagiários da saúde, que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal. Já a vacina Pentavalente tem a imunização obrigatória para bebês de dois, quatro e seis meses, enquanto a DTP é destinada a crianças de 15 meses e 4 anos.

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade, que compromete de forma específica o aparelho respiratório, especialmente a traqueia e os brônquios, e se caracteriza por espasmos de tosse seca. Os sintomas são caracterizados por febre, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A transmissão acontece, principalmente, pelo contato direto entre a pessoa doente e a pessoa suscetível, por meio de gotículas de secreção da orofaringe eliminadas durante a fala, a tosse e o espirro.

O diagnóstico é realizado com exames laboratoriais, solicitados pela equipe médica responsável.