Panorama dengue: estado do RJ já registrou mais de 117 mil casos da doença
Número de atendimentos de suspeita de dengue nas UPAs estaduais também se manteve estável
A edição desta semana do Panorama da Dengue, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), mostra que o Rio de Janeiro segue com tendência de alta no número de casos prováveis da doença. O estudo indica que o estado está dez vezes acima do limite máximo esperado para esta época do ano, de acordo com a série histórica. Até segunda-feira (11), foram registrados 117.162 casos de dengue em todo o estado do Rio de Janeiro e 31 óbitos.
Apesar do aumento deste indicador, a região do Médio Paraíba, primeira a apresentar piora da situação epidemiológica, já apresenta redução do número de casos. A avaliação leva em consideração os dados registrados entre 04 e 24 de fevereiro, que correspondem às semanas epidemiológicas (SE) e 6 a 8.
O boletim elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ aponta ainda que não foi identificado aumento consistente da taxa de ocupação de leitos no período considerado. O número de atendimentos de suspeita de dengue nas UPAs estaduais também se manteve estável. Segundo uma projeção feita pelos técnicos da secretaria para as próximas semanas, a região Médio Paraíba apresenta tendência de redução no número de casos, enquanto a Centro-Sul deve ter estabilidade. As demais regiões mantêm a curva de aumento.
O “Panorama da Dengue” tem como diferencial o uso de um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, que leva em conta o atraso de inserção de dados no sistema de vigilância. Com base no modelo de análise, a secretaria estima que mais de 27 mil novos casos devem ser registrados para o período.
“A secretaria tem adotado uma série de medidas para que a rede assistencial não sofra grande impacto com a alta demanda nos atendimentos, especialmente nas UPAs. O resultado tem sido satisfatório. Mudamos fluxos, criamos ferramentas digitais, ampliamos a comissão de óbitos, aumentamos o RH nas unidades e no Laboratório Central, o Lacen, entre muitas outras estratégias. Ainda assim, é preciso que a população esteja engajada neste enfrentamento e que cuide de seus territórios, onde ficam 80% dos criadouros do Aedes aegypti”, afirma a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.