Partilha dos royalties não vai ser pautada pelo STF, diz Wladimir Garotinho

Partilha dos royalties não vai ser pautada pelo STF, diz Wladimir Garotinho

Decisão do Supremo ocorre após intensa movimentação de bastidores do prefeito de Campos

O Supremo Tribunal Federal (STF) não vai julgar a partilha dos royalties do petróleo, que, segundo o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ocorreria na sexta-feira (16). O anúncio foi feito pelo presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, em um vídeo postado em sua rede social na noite de quarta-feira (14). A decisão foi da ministra Carmen Lúcia, relatora da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), que remeteu o processo ao Centro de Soluções Alternativas de Litígios (Cesal) da Corte, visando um acordo entre produtores e não produtores de petróleo.

“Teve uma movimentação no processo agora há pouco, e não vai ser pautado. A ministra Cármen Lúcia mandou para uma Câmara técnica do Supremo para que seja feito um acordo. Foi exatamente o que eu disse, que eu acreditava muito num acordo” disse o prefeito de Campos e presidente da Ompetro.

A decisão do STF ocorre após intensa movimentação de bastidores do prefeito de Campos, que chegou a enviar um ofício a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). No documento, ele alertou
sobre os riscos de um calote generalizado das prefeituras da região, pois significaria redução de 80% nos valores arrecadados pelos municípios produtores, caso o STF viesse a alterar os critérios de distribuição dos royalties. Wladimir também tratou do tema com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e com deputados, em Brasília.

O também presidente da Ompetro advertiu a Febraban que caso a mudança ocorra, às cidades entrariam em colapso. Segundo ele, a crise iria obrigar as Prefeituras e ajuizarrem ações solicitando o não pagamento de empréstimos feitos as instituições bancárias.