PF prende homem por armazenar arquivos contendo abuso sexual infantil, em Macaé
Ele foi alvo de investigações da Operação Angelus
A Polícia Federal, prendeu em flagrante, nesta sexta-feira (9), no bairro Botafogo, em Macaé, um homem por armazenar arquivos contendo abuso sexual infantil. A prisão ocorreu durante a Operação Angelus.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Polícia Federal em Macaé com a cooperação de uma ONG estadunidense, revelaram que o homem havia baixado e armazenado um total de 945 arquivos com conteúdos relacionados a pedofilia. Durante o cumprimento do mandado de busca pessoal, foi encontrado no celular do preso os arquivos, o que resultou em sua prisão pelo crime de armazenamento de conteúdos relacionados a abuso sexual infantil, conforme previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O aparelho celular ainda será submetido a perícia para confirmar as suspeitas de que o indiciado também compartilhava esse material e o utilizava para aliciar crianças através de aplicativos de redes sociais.
As investigações apontaram que o investigado possuía uma conta ativa em uma rede social com publicações de forte apelo infantil, que aparentava ser um perfil inofensivo, mas que na verdade serviam como uma armadilha para atrair e ganhar a confiança de crianças. Como exemplo de sua atuação criminosa, o preso enviou arquivos de conteúdo relacionado a abuso sexual infantil para uma menina de 9 anos de idade, com o objetivo de aliciá-la.
Após a prisão, o homem foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Com a aprovação da Lei nº 14.811, em janeiro de 2024, o crime de armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantojuvenil passou a ser considerado crime hediondo e, portanto, inafiançável. A lei instituiu medidas de proteção à criança e ao adolescente contra a violência nos estabelecimentos educacionais, além da prevenção e combate ao abuso sexual da criança e do adolescente. A pena somada ao preso pelos delitos investigados pode chegar a 13 anos de reclusão.
O nome da operação, “Angelus”, significa “anjo do senhor” em referência ao trabalho realizado pela Polícia Federal que visa livrar crianças e adolescentes da prática nefasta da pornografia infantil.
Por Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro