Por ora, Campos descarta epidemia de dengue, mas segue em alerta
Autoridades em saúde reforçam necessidade de cuidados, principalmente neste período de grande circulação da população local e turistas na cidade
A situação epidemiológica da dengue em Campos não apresenta tendência de aumento ou fora do padrão, conforme dados do painel de monitoramento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, divulgados no último dia 12. O município segue em alerta e intensificando as ações de combate ao vetor e orientação da população quanto aos cuidados para evitar alta nos casos de arboviroses.
Também nesta semana, o Estado informou que há tendência de alta nos casos de dengue para as próximas semanas, após a identificação do tipo 4 e com o possível surgimento do tipo 3 em território fluminense, o que aumentaria a possibilidade de epidemias e de reinfecção da doença.
O coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos explicou que em Campos ainda não foi detectado o sorotipo 4, apenas o 1 e o 2. Por ora, está descartada epidemia na cidade, entretanto, as autoridades em saúde estão em alerta, principalmente neste período de grande circulação da população local e turistas, podendo facilitar a introdução do sorotipo 4 na cidade.
“Nesse caso contamos com o apoio da população para manter os dez minutos semanais de vigilância em casa, e também com a manutenção do trabalho que o agente de combate às endemias realiza nas residências. Essa possibilidade existe, mas ainda não temos esse problema por aqui”, destacou Claudemir.
Há quatro tipos de vírus da dengue que circulam no Brasil: Denv-1, Denv-2, Denv-3 e o Denv-4. Eles pertencem à família Flaviridae e são vírus que só contêm RNA. Eles são da mesma família do vírus que causa a febre amarela. Ambas as doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.
O diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, reitera que uma possível epidemia pode ser evitada com a ajuda e o apoio da população. “A proliferação em todo o estado era algo que já esperávamos por conta das altas temperaturas, mas podemos evitar isso se a população tomar os cuidados necessários para que a dengue não se prolifere. Cerca de 80% dos focos estão dentro da casa dos moradores, por isso, contamos com a compreensão da população também. Além disso, confiamos no trabalho dos nossos agentes e em todos os resultados que conquistamos até agora”, declarou.
O município contabiliza, de janeiro até momento, 3.094 casos confirmados de dengue, sendo dois óbitos. Há também 45 de chikungunya. Não há confirmação de zika na cidade. Nas próximas semanas será a vez de Goitacazes e Jardim Carioca receberem o mutirão multissecretarial de combate ao Aedes aegypti.