Prefeita Fátima Pacheco na mira do MPF por corrupção ativa e lavagem de dinheiro

Prefeita Fátima Pacheco na mira do MPF por corrupção ativa e lavagem de dinheiro

Chefe do Executivo de Quissamã é suspeita de participar de esquema de desvio de recursos federais para o combate ao Coronavírus

A prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (União), está na mira do Ministério Público Federal (MPF). O órgão denunciou a chefe do Executivo quissamaense pelos supostos crimes de Corrupção Passiva, Corrupção Ativa e Lavagem de Dinheiro, juntamente com o seu Chefe de Gabinete, Luciano de Almeida Lourenço e o empresário André Luis Ribeiro Borges, da cidade vizinha de Campos dos Goytacazes, que é dono da empresa ABM SAÚDE.

O MPF denunciou o trio com base em uma Ação Penal do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF2), em um desdobramento na Justiça Federal da “Operação Dama de Espadas”. Essa operação foi deflagrada em março de 2022 pelo MP-RJ, gerando um Mandado de Busca e Apreensão na casa da Prefeita Fátima Pacheco.

O desdobramento da Ação para a Justiça Federal decorre em função de a prefeita Fátima Pacheco possuir foro privilegiado. E também porque o MPF apurou que foram utilizados recursos federais do Programa de Enfrentamento ao Coronavírus no suposto esquema de corrupção envolvendo a Prefeitura de Quissamã e a empresa ABM SAÚDE, durante a pandemia de Covid-19.

Assinada pelo Procurador Federal José Augusto Simões Vago, a denúncia ao MPF expõe com detalhes como a Prefeita, o Chefe de Gabinete e o empresário usaram um provável esquema de corrupção dentro da Secretaria Municipal de Saúde de Quissamã para fraudar licitações e favorecer ilegalmente a empresa ABM SAÚDE para montagem de um Hospital de Campanha durante a pandemia.

De acordo ainda segundo o MPF, a Fátima Pacheco e o Chefe de Gabinete Luciano Lourenço teriam recebido alta propina do empresário André Luis Ribeiro Borges, através de cheques a terceiros, para pagar dívidas que Fátima e Luciano tinham com o ex-Prefeito de Cardoso Moreira, Genivaldo Cantarino, testemunha que virou peça-chave na denúncia por fornecer provas das evidentes vantagens indevidas recebida pela Prefeita e seu Chefe de Gabinete.

A investigação contou até com uma sofisticada extração de mensagens criptografadas nos aparelhos celulares aprendidos da Prefeita Fátima Pacheco e do empresário André Luis Borges durante a Operação Dama de Espadas.