Produção industrial geral do ERJ registra queda em abril, aponta o Nuperj

Setores como o da produção de máquinas e equipamentos e fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, no entanto, se destacaram
A produção industrial geral no Estado do Rio de Janeiro caiu 1,9% em abril deste ano na comparação com o mês anterior. A informação é do Núcleo de Pesquisa Econômica do Estado do Rio de Janeiro (Nuperj), ligado à Unidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Em relação a abril de 2024, foi registrado crescimento de 3,3% e aumento de 0,5% no acumulado do ano. A indústria extrativa cresceu 11,7% em abril em comparação ao mesmo mês do ano anterior, acumulando crescimento de 2,7% no ano. Já a indústria de transformação caiu 5,5% no mesmo mês, acumulando queda de 2,0% no ano.
Os setores que se destacaram positivamente em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, foram: fabricação de máquinas e equipamentos com crescimento de 26,1%; metalurgia, com crescimento de 14,4%; fabricação de produtos alimentícios, com crescimento de 6,9%; fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com crescimento de 6,3%; manutenção, e a reparação e instalação de máquinas e equipamentos, com crescimento de 1,1% no período.
Já os setores que tiveram contribuição negativa foram: confecção de artigos do vestuário e acessórios com queda de 36,0%; fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis com queda de 17,0%; fabricação de produtos químicos com queda de 15,5%; fabricação de bebidas com queda de 3,4%; fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias com queda de 2,9%; fabricação de produtos de minerais não metálicos com queda de 2,1%; fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com queda de 1,3%, e fabricação de produtos de borracha e de material plástico, com queda de 0,7% no período.
Petróleo
Em maio último, o estado produziu 147,6 milhões de barris de petróleo equivalente (boe), volume maior 22,59% na comparação com o mês anterior e maior 12,41% em relação à produção do mesmo mês de 2024. A modalidade pré-sal tem papel fundamental na evolução da produção no estado em função da proximidade dos municípios de Maricá, Saquarema e Niterói com a Bacia de Santos.
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a produção do pós-sal em maio de 2025 no país somou 727 mil barris por dia (Mboe/dia), enquanto o pré-sal chegou a 3.803 mil bpd, ou seja, a relação com a produção total no país é de 79,8% no pré-sal e 15,3% no pós-sal.
Royalties
O total de royalties de petróleo recebido pelos municípios do estado somou R$1.412.492.896,08 no mês de maio, excluídas as parcelas de participações especiais, acumulando R$6.910.135.705,69 em 2025. Desses totais, as parcelas equivalentes a 40,87% e 29,07% são provenientes da participação relativa dos municípios produtores da Bacia de Campos em relação ao estado e em relação ao país.
Os principais municípios beneficiados pela produção no pré-sal no estado foram: Maricá, com recebimento de R$ 233,4 milhões no mês, acumulando R$ 1.148,3 milhões no ano; seguido por Saquarema com R$-197,3 milhões no mês e R$ 932,0 milhões no ano; e Niterói com recebimento de R$ 81,7 milhões no mês e R$ 423,5 milhões no acumulado do ano.