Laboratório de práticas inclusivas no IFF Campos atenderá cegos da comunidade externa
O espaço foi equipado com programas de acessibilidade nos computadores e equipamentos adaptados
O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro vai inaugurar na sexta-feira (14), às 12h, o laboratório de práticas inclusivas André Campos de Carvalho. O espaço irá funcionar de segunda a sexta-feira das 9 às 16h e atenderá cegos e pessoas com baixa visão que estudem ou trabalhem no Instituto ou sejam da comunidade externa ao campus.
O laboratório está equipado com programas de acessibilidade nos computadores e equipamentos adaptados, como notebooks com leitor de tela e sistema operacional que fala e máquina de escrever e impressora em Braille, que é um sistema de escrita e leitura tátil em alto-relevo. Além disso, o espaço possui uma impressora 3D que permitirá aos estudantes reconhecer os objetos por meio da impressão deles em três dimensões. Uma lupa e uma calculadora sonora completam os principais equipamentos disponíveis para o desenvolvimento intelectual dos alunos.
Aluno do laboratório e professor de História e Geografia da rede pública municipal, João José Nunes dos Santos, mais conhecido como JJ, reconhece a importância da iniciativa do IFF Campos Centro.
“É importante saber utilizar as tecnologias adaptadas. Existe a carência delas e de pessoal preparado em muitos setores. Ainda mais importante é a troca de convívio e de conhecimento com outras pessoas, o que vai abrindo a mente para outras possibilidades”, complementa.
Para o estudante do Curso Técnico em Eletrotécnica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) Marcos Antônio Umbelino, a oportunidade de aprender com acessibilidade permitirá sonhar voos mais altos. “Pode abrir as portas do mercado de trabalho para esse público específico”, disse.
Coordenadora do Napne do IFF Campos Centro, Sirley Brandão disse que a inauguração do laboratório, que é um projeto de extensão, contará com a presença do professor do IFF e atualmente diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva do Ministério da Educação, Décio Guimarães. O nome do espaço é uma homenagem a um ex-aluno do campus.