Polícia prende no Paraguai acusados de aplicar golpe da pirâmide em Campos
Eles prometiam lucro mensal fixo de 12% a 30% em aplicações no mercado
Gilson André Braga dos Santos e Ana Cláudia Carvalho Contildes, foram presos
na quinta-feira (23), no Paraguai, por agentes da 134ª Delegacia de Polícia de Campos. Ambos estavam foragidos há pelo menos um mês, quando foi deflagrada a operação “Príncipe do BitCoin”, cujo objetivo era prender uma organização criminosa de estelionato através de criptomoedas. No último dia 28, Gilson Ramos Vianna já havia sido preso em Campos, na mesma operação.
Segundo informou a Polícia, tanto Gilson André como Ana Cláudia são investigados por 42 estelionatos e crimes contra a economia popular. A dupla foi encontrada no distrito de Hernandarias, localizado a 25 km da fronteira do Paraguai com Foz do Iguaçu, em uma ação comandada pela delegada titular da
134ª DP, Natália Patrão.
De acordo com as investigações, há indícios de que Gilson e Ana Cláudia, mesmo fora do Brasil, continuavam aplicando golpes. Segundo a Polícia, eles eram responsáveis pela A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, empresa instalada em Campos, que aplicava golpes atuando como o da pirâmide financeira.
Eles prometiam lucro mensal fixo de 12% a 30% em aplicações no mercado financeiro. Após fechar diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os investidores seriam rescindidos e os valores pagos em um prazo de 90 dias, a partir de 1º de dezembro de 2021, mas a promessa não chegou a ser cumprida.
A investigação da 134ª DP em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), conseguiu na Justiça o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados, no valor de R$ 1,9 milhão, incluindo criptoativos e moedas estrangeiras, para ressarcir as vítimas.