Eleições 2024: Quatro nomes cotados na disputa de Quissamã
Na segunda reportagem especial sobre as prévias das eleições municipais de 2024, o Rio Notícias avalia hoje a situação no município de Quissamã.
Cidade do norte do estado, Quissamã é um dos municípios produtores de petróleo do estado e recebe repasses milionários de royalties e por isso é sempre visado pelos grupos políticos, apesar de sua pequena população com 22.393 habitantes, segundo Censo do IBGE 2022. Hoje, quatro nomes são lembrados para o pleito de 2024.
A frente do Executivo está a prefeita Fátima Pacheco (DEM), que já está em seu segundo mandato. Como não pode se candidatar à reeleição é apontada como peça chave na disputa quissamaense que aguarda quem será o seu indicado a sucessão.
Dois nomes surgem no grupo da situação, o vice prefeito Marcelo Batista (DEM) e o secretário de Obras, Juninho Selem (Cidadania). Na oposição, nome bem cotado é o do ex-prefeito Armando Carneiro (PSC). Também surge agora o ex-vereador Marcinho Pessanha, que já foi aliado tanto de Armando quanto de Fátima, e recentemente assumiu a direção do MDB.
Fátima é considerada de fácil articulação com os caciques políticos. Já passou por várias siglas em sua carreira, transitando desde o PT até o Podemos e o DEM. É justamente essa característica que a levou a liderar o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), que reúne 17 municípios, sendo reeleita em janeiro para mais um biênio (2023/2024).
Armando foi prefeito do município em dois mandatos (de 2005 a 2012). Depois, tentou mais duas vezes e perdeu ambas para a própria Fátima, que, num passado distante era sua aliada e chegou a ser sua candidata a sucessão, em 2012, quando ela perdeu a eleição para Octávio Carneiro, falecido em 2014. Armando chegou a ser candidato a deputado estadual em 2016, mas também não conseguiu se eleger. Carneiro já esteve filiado ao PSB e PV, mas retornou ao PSC, partido por onde se elegeu e reelegeu.
Dentro do governo quissamaense, o clima é quente entre o vice Marcelo e o secretário Juninho. Marcelo estaria magoado por Fátima ter aberto a possibilidade de Juninho também disputar a vaga de indicado do governo.
Nos bastidores, fontes garantem ao Rio Notícia que a prefeita tenta apaziguar a relação com Marcelo por temer que haja uma união entre seu vice e o ex-prefeito Armando. Juntos, Marcelo e Armando poderiam se tornar uma chapa quase imbatível.
Correndo por fora, surge Marcinho Pessanha. Ex-presidente da Câmara, foi aliado tanto de Armando quanto de Fátima, mas agora tenta um vôo solo e se apresenta como uma alternativa para assumir o executivo quissamaense. Recentemente, Marcinho assumiu o MDB na cidade, aliando-se ao secretário estadual de Transportes, Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias, tirando a legenda das mãos do ex-prefeito Arnaldo Mattoso, que tinha o comando do MDB há anos.
Neste cenário, as peças do tabuleiro da eleição quissamaense estão se movendo com agilidade e prometem novidades a qualquer momento.