Governo do Estado transfere mais sete presos para presídios federais

Governo do Estado transfere mais sete presos para presídios federais
Lideranças criminosas levadas para fora do Rio somam mais de 362 anos de condenação
O Governo do Estado do Rio realizou, nesta quarta-feira (28), novas transferências de lideranças criminosas para presídios federais fora do estado. No segundo dia de operação, realizada de forma conjunta entre a Polícia Penal, a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Polícia Federal, foram transferidos do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, sete presos de alta periculosidade. Somadas, as penas de Robson Aguiar de Oliveira, vulgo Binho do Engenho; Emerson Brasil, conhecido como Raro; Alex Marques de Melo, o Leo Serrote; Luiz André Ribeiro Fiuza, o Fiuza; Avelino Gonçalves Lima, vulgo Alvinho; Aleksandro Rocha da Silva, o Sam da Caicó; e Anderson Rocha da Silva, o Russão, ultrapassam 362 anos de condenação. 

Assim como no primeiro dia de transferência, a ação contou com a participação das forças estaduais de segurança, forte aparato militar e três helicópteros da Polícia Militar. Os deslocamentos tiveram início na terça-feira (27/06), após a Justiça autorizar a transferência de 31 lideranças criminosas que cumpriam pena no Rio de Janeiro para unidades prisionais federais, atendendo solicitação do Governo do Estado à Vara de Execução Penais (VEP). Desde então, 12 lideranças de facções criminosas deixaram o sistema prisional fluminense em direção a outros estados. Os presos que preencherão as demais vagas disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública seguirão aguardando transferência isolados em Bangu I.
“A segunda etapa da transferência desses presos de alta periculosidade foi feita com segurança, sem qualquer intercorrência, e de forma integrada entre as polícias Penal, Militar e Federal. Alguns desses presos participaram de grandes confrontos que levaram medo à nossa população” disse o governador Cláudio Castro, agradecendo a decisão da Justiça e a disponibilidade de vagas oferecida pelo Governo Federal.

Decisão teve como base trabalho de InteligênciaO requerimento de transferência encaminhado pelo Governo do Estado à VEP teve como base relatórios de inteligência, que identificaram a atuação ativa dessas lideranças criminosas na instabilidade da segurança pública no estado. De acordo com os requerimentos, as transferências têm o objetivo de evitar novas associações e articulações para a prática de crimes. Desde que a autorização para as transferências foi concedida, o Governo do Estado colocou em ação um plano de contingência para impedir que haja reações por parte das facções criminosas e milícias.

Conheça o histórico dos sete transferidos hoje:
Robson Aguiar de Oliveira
Apontado como uma das maiores lideranças de facção criminosa, teria como redutos criminosos comunidades localizadas na cidade de Rio de Janeiro, em especial a Favela do Chapadão em Costa Barros, Zona Norte do Rio. Possui 15 anotações criminais por tráfico de drogas; associação para tráfico de drogas; homicídio qualificado; ocultação de cadáver; roubo majorado; associação criminosa; falsificação de dinheiro; porte, uso e venda de armas de fogo e munições.

Emerson Brasil

Também lidera uma das facções criminosas. Teria como reduto criminoso o Complexo da Pedreira. Tem 42 anotações criminais por tráfico de drogas; associação para tráfico de drogas; roubo; porte ou posse ilegal de arma de fogo e resistência.

Alex Marques de Melo

Dados de inteligência e de investigações policiais o apontam como liderança criminosa de facção, com atuação nas comunidades da Coroa, no bairro do Catumbi; e Fallet/Fogueteiro, em Santa Teresa. Possui 40 anotações criminais por tráfico de drogas; associação para tráfico de drogas; roubo majorado, homicídio; roubo; extorsão, violência doméstica contra a mulher, sequestro e cárcere privado.

Luiz André Ribeiro Fiuza

Considerado uma liderança de facção, teria como redutos criminosos comunidades localizadas na cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, em especial a favela Tira Gosto. Tem 20 anotações criminais provenientes pelos crimes de tráfico de drogas; associação para tráfico de drogas; associação criminosa e homicídio.

Avelino Gonçalves Lima

Apontado como principal liderança de grupo criminoso, no qual detém grande influência. Possui 9 anotações criminais pela prática dos crimes de homicídio, roubo simples e majorado e estupro

Aleksandro Rocha da Silva

Liderança de facção criminosa responsável por comandar o tráfico de drogas no Morro da Covanca e Jordão, no Complexo da Praça Seca. Tem 39 anotações criminais provenientes de associação para tráfico, porte de arma, causar incêndio, tráfico ilícito de drogas, roubo majorado, extorsão e homicídio qualificado.

Anderson Rocha da Silva

Apontado como líder de facção, ele teria como reduto criminoso a comunidade localizada no Morro da Covanca. Possui 17 anotações criminais provenientes de associação para tráfico, crime de dano com grave ameaça, causar incêndio, tráfico ilícito de drogas, cárcere, lesão corporal e homicídio qualificado.